28 março, 2013

Artigo da revista APM - Música nos Hospitais

Por: Cristiane Santos

Há nove anos, a mesma cena se repete e muda a rotina de funcionários e pacientes de hospitais públicos espalhados pelo país: a chegada de 14 músicos e um maestro, acompanhados de violinos, violoncelos, violas e contrabaixos, desperta a atenção do público que aguarda o atendimento. A curiosidade aumenta quando os primeiros sons da afinação dos instrumentos começam a ecoar pelo hospital e um novo cenário é erguido em meio às tradicionais instalações. É chegada a hora da apresentação da Orquestra do Limiar. 
  
O projeto Música nos Hospitais, idealizado pela Associação Paulista de Medicina (APM) em 2002, surgiu com o objetivo de levar uma orquestra para se apresentar no principal ambiente de trabalho do médico. No início, com o nome "Música ao meio-dia”, os concertos eram realizados pela Orquestra da Unesp, nos auditórios das instituições de saúde. Foi só em 2004, com o patrocínio da Sanofi e o apoio da Lei Rouanet, que a Orquestra do Limiar foi contratada e as apresentações passaram a ser feitas nos pátios, recepções e demais locais de fácil circulação dentro dos hospitais – inclusive nos andares de internação. 
  
Além do inusitado fato de uma orquestra se apresentar dentro de um hospital, em pleno horário de atendimento ao público, outro diferencial chama a atenção de pacientes e funcionários das instituições visitadas: o maestro, Samir Rahme, é também médico. 
  
TEMAS 
  
Aproximadamente 30 mil pessoas, entre médicos, funcionários, pacientes e visitantes já participaram das apresentações. Cada hospital passa por uma visita técnica antes de integrar o roteiro do projeto. Por ano, mais de 15 deles recebem a apresentação da orquestra, em diversas cidades do Brasil. A maioria está em São Paulo, mas outros estados já foram contemplados, como Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e também o Distrito Federal. 
  
Em 2012, as canções homenagearam as mulheres e, este ano, o tema será amor a São Paulo, estado onde o projeto nasceu. Cada hospital visitado avalia a qualidade do projeto e também é avaliado pela Associação Paulista de Medicina, de acordo com critérios como público, divulgação, participação e apoio à iniciativa. 
  
Como explica a coordenadora cultural da APM, Flavia Negrão, o feedback do público é sempre bastante positivo. "Recebemos várias manifestações de como a música encorajou pacientes que fariam tratamentos pesados ou cirúrgicos e agradecimento pelo momento de introspecção causado pela música. Além disso, somos abordados pela direção dos hospitais que recebem o projeto pela primeira vez, pedindo-nos que a apresentação volte no próximo ano”, diz Flavia, lembrando-se de duas apresentações bastante emocionantes, no Instituto da Criança (SP) e no Hospital das Clínicas de Recife (PE), quando os músicos tocaram para pacientes em estado terminal. Aguarde a programação 2013. 
  
MÉDICO E MAESTRO: SAMIR RAHME 
  
"Eu me formei médico em 1981 e constatei que pode existir uma forma artística de se fazer e praticar a medicina. 
  
Hospital é sinônimo de esperança, embora nem sempre possa corresponder a isso. É justo aí que entra a música, pois se trata de uma arte que atinge diretamente a alma das pessoas. Alma é uma instância que vem antes do corpo, é onde a vida realmente acontece. Dessa forma, levando música aos hospitais, contribuímos com essa esperança para uma saúde melhor. Não temos a intenção de fazer musicoterapia, mas, com a escolha do repertório que fazemos, tentamos conseguir que a apresentação seja um momento bem terapêutico, cheio de prazer. 
  
O repertório do Música nos Hospitais repete um pouco a história da música, que é também a história da consciência humana. Começamos com música barroca, de fácil assimilação, e com isso trazemos o público para bem próximo da orquestra. Daí, tocamos peças clássicas, românticas, e cruzamos o limiar, tocando peças de autores brasileiros, com ritmos imediatamente reconhecidos. Fazemos também trilhas sonoras consagradas e MPB. Creio que Mozart é um autor fundamental para o ambiente hospitalar. Todas as peças que ele escreveu para cordas têm um efeito fabuloso nos ouvintes. 
  
A música é uma arte da alma; não entra somente pelos ouvidos. Entra por todo o corpo. E por isso é fundamental que essa arte seja vivenciada ao vivo. Os músicos se sentem privilegiados em poder mostrar um pouco de sua arte para quem não pode assistir à apresentação principal no saguão – e sobem aos andares para tocar especialmente para os pacientes acamados. Eles, literalmente, vestem a camisa do projeto.”

http://www.apm.org.br/noticias-conteudo.aspx?id=8980#.UVTRwLVbe2w.blogger

27 março, 2013

Caro colega



Caro colega,
Após um período de inatividade do nosso blog, voltamos com a nova gestão DANK 2013!

Vamos atualizá-lo com notícias do mundo acadêmico, novidades da nossa querida Leiga e da nossa página no Facebook. Também iremos promover atividades científicas, acadêmicas e culturais e divulgar avisos e convocações.

Agora estamos parcialmente em férias, devido ao nosso calendário deslocado do tempo, mas trabalharemos na tarefa de informá-lo sempre sobre às novidades do meio médico, abrangendo desde o campo universitário até o profissional.

Estamos empenhados em melhorar a cada dia e fazer uma ótima Gestão.

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DAS UTOPIAS
Mario Quintana
 (Alegrete, 1906 - Porto Alegre, 1994)

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!